Cânceres Urológicos

17/04/2021

Cânceres Urológicos: quais são e como podem ser diagnosticadosem estágios iniciais

*Dr. Marco Lipay

Os cânceres urológicos estão entre os tumores mais frequentes e podem ser diagnosticados em estágios iniciais, isto é, quando ainda estão confinados ao órgão e não causam sintomas. O diagnóstico precoce é a melhor forma de se obter um prognóstico favorável. Os cânceres de rim, adrenal, ureter e bexiga podem ocorrer tanto em homens como em mulheres; já os cânceres de próstata, pênis e testículos são específicos de homens.

Os rins filtram o sangue, produzindo a urina. A urina é conduzida pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada. A dinâmica miccional é finalizada quando a uretra elimina a urina para o meio externo e um novo ciclo recomeça para homens e mulheres.

Considerando especificamente o aparelho genital masculino, os testículos produzem os espermatozoides, que são conduzidos para as vesículas seminais pelos deferentes. A próstata produz o líquido que fica armazenado nas vesículas seminais, nutrindo os espermatozoides entre os intervalos sexuais.

As células desses órgãos têm a capacidade de se reproduzir e crescer, atributo fundamental de manutenção da vida. O estágio através do qual as células passam de uma divisão à outra é conhecido como ciclo celular.

O câncer é uma doença resultante da perda do controle da célula sobre sua própria capacidade de regular o processo de divisão, levando ao seu crescimento desordenado. Alguns dos principais mecanismos que afetam a sequência normal de eventos do ciclo celular envolvem mutações em dois grupos principais de genes: os oncogenes e os genes supressores de tumor. Os primeiros estão relacionados com a indução da divisão celular enquanto os outros, ao contrário, atuam sobre os primeiros, num sistema eficiente de controle de proliferação.

As mutações que levam ao câncer podem estar ligadas a fatores ambientais; estilo de vida; tabagismo; fatores hereditários e envelhecimento, entre outros.

Nos últimos anos, os métodos de detecção e tratamento de cânceres urológicos foram aprimorados e atualmente os pacientes têm uma variedade de opções visando o diagnóstico precoce.

Em uma consulta de rotina ou em um achado de imagem, pode-se fazer uma suspeita de câncer.

Hoje, o arsenal diagnóstico é bastante significativo, como por exemplo:

- Exames laboratoriais que são conhecidos como marcadores, como por exemplo: PSA, Alfa Feto Proteína, Beta HCG, Citologia Urinária Oncótica.

- Diagnósticos por Genética Molecular.

- Estudos de imagem que avaliam se há tecido anormal ao longo do trato urinário ou fora dele, como o Ultrassom, Tomografia Computadorizada, Angiografia, Doppler, Cintilografia, Ressonância Nuclear Magnética e Pet CT Scan.

- Procedimentos endourológicos como a cistoscopia ou ureteroscopia, que obtém imagens a partir de instrumento delicado que tem uma câmera acoplada, possibilitando a verificação de tumores na uretra, bexiga, ureter e sistema coletor de urina nos rins.

- Biópsias, procedimento pelo qual é possível obter uma amostra de tecido anormal e analisá-lo em busca de células cancerígenas.

Nem todos os cânceres são iguais. Portanto, o tratamento deve ser individualizado e em algumas situações será necessário envolver uma equipe multidisciplinar (urologia, oncologia, radioterapia, patologia, radiologia) na condução do caso.

Neste momento não podemos deixar de lembrar que, em recente publicação, a Sociedade Brasileira de Urologia - Seção São Paulo, mostrou queda significativa nos números de novos diagnósticos de tumores urológicos em 2020, quando comparado a igual período em 2019. Os dados analisados foram fornecidos por cinco instituições paulistas que realizam atendimento de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) evidenciando que os diagnósticos de câncer de rim, próstata e bexiga diminuíram, em média, 26% no período da Pandemia (COVID-19). De acordo com o levantamento, o Hospital das Clínicas da Universidade de Campinas (Unicamp) observou queda de 52% de novos casos de câncer de bexiga e de 63% de rim. O Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostrou redução em 35% de novos casos de câncer de rim neste período.

O diagnóstico de tumor de próstata, segundo câncer urológico de maior prevalência nos homens e a segunda maior causa de óbito nesta população, apresentou uma redução média de 33% nas instituições pesquisadas. Diante do apresentado, recomendamos que os pacientes não deixem de fazer suas consultas de rotina e, se você estiver em tratamento, nunca abandone a terapia.

A doença causada pelo SARS-CoV-2 (COVID-19) não inibiu o aparecimento de novos casos de cânceres, apenas promoveu o afastamento dos pacientes dos consultórios médicos e hospitais, retardando o diagnóstico e reduzindo as chances de cura.

Durante a Pandemia, não deixe de usar máscaras, manter o distanciamento social, lavar as mãos frequentemente com água e sabão, usar álcool em gel quando não for possível lavar as mãos e vacinar-se assim que for convocado. Hospitais e consultórios seguem rigorosos protocolos de prevenção ao coronavírus, conforme orientações do Ministério da Saúde e Vigilância Sanitária.

Assim, conclui-se que os tumores urológicos tem alta incidência de morbidade e mortalidade, mas com bons prognósticos quando diagnosticados precocemente. Na dúvida, não tenha receio em conversar com o seu Urologista (de modo presencial, por telefone ou videoconferência), ele vai saber lhe orientar.

*Dr. Marco Aurélio Lipay é Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro "Genética Oncológica Aplicada à Urologia".

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Um ano de COVID-19 no Brasil

16/03/2021

Um ano de COVID-19 no Brasil e seu impacto na Urologia

*Dr. Marco Lipay

Há um ano, o Brasil anunciava o seu primeiro caso de COVID-19 na cidade de São Paulo, em um paciente recém-chegado da Itália. Em 26/02/2021, dados oficiais registraram 10.455.630 casos e 252.835 óbitos no Brasil. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em pesquisa realizada em 2020, revelou que 13,5% dos urologistas brasileiros entrevistados afirmaram ter sido infectados pela Covid-19.

A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2 e que pode apresentar desde infecções assintomáticas até quadros gravíssimos e óbitos. Em aproximadamente 20% dos casos, faz-se necessário atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória; e destes, aproximadamente 5% podem necessitar de suporte ventilatório.

Em um ano, três variantes do coronavírus SARS-CoV 2 (mutações) foram identificadas no mundo, o que justifica a manutenção de todos os cuidados sanitários recomendados. A situação atual é preocupante, como foi demonstrada em recente pesquisa promovida pela Coalizão Covid Brasil (Hospitais: Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa, além do Brazilian Clinical Research Institute e da Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva) revelando que 25% dos pacientes entubados por COVID -19 morreram em um período de 6 meses após alta hospitalar. Outro dado identificado foi de que a mortalidade é de 2% para pacientes internados que não precisaram de ventilação mecânica, além de outras complicações como: ansiedade (22%), depressão (19%) e estresse pós-traumático (11%).

A doença não se restringe apenas ao sistema respiratório, ela é considerada sistêmica e pode comprometer outros órgãos como rins, pênis e testículos, resultando em insuficiência renal, disfunção erétil e talvez até infertilidade. Algumas teorias sugerem que essas complicações sejam resultado de alterações enzimáticas e lesões do endotélio vascular, provocadas pelo vírus, desencadeando processos inflamatórios e fenômenos tromboembólicos (obstrução do fluxo sanguíneo).

A disfunção erétil pode ser desencadeada a partir do comprometimento do sistema circulatório e cardiorrespiratório somada a questões emocionais, que podem levar à insegurança e piora da performance sexual.

Em trabalho recentemente publicado, pesquisadores brasileiros da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo mostraram que pacientes com COVID-19 podem evoluir com processo inflamatório incidental no epidídimo, complicação que pode interferir na fertilidade.

Diante de inúmeros problemas na esfera urológica desencadeados pela COVID-19, a Sociedade Brasileira de Urologia, em seu portal, lembra que medidas de isolamento social são necessárias. Mas diante de algumas doenças urológicas, como por exemplo: infecções, cálculos renais e cânceres, uma rápida intervenção médica faz-se necessária; embora, por medo da infecção pela COVID-19, muitos pacientes tenham adiado a procura médica, o que pode resultar em danos à saúde, às vezes irreversíveis.

Em outra pesquisa, a SBU avaliou junto aos seus associados o impacto da pandemia de COVID-19 na saúde urológica brasileira, identificando que cerca de 90% dos urologistas relataram uma redução igual ou maior que 50% nas cirurgias eletivas e 54,8% mencionaram a diminuição de pelo menos 50% no número de cirurgias de emergência. Esta pesquisa sugere que boa parte dos pacientes com doenças urológicas (como cânceres, hiperplasia obstrutiva de próstata, incontinência urinária, entre outras) possam ter postergado o tratamento pelo receio de contraírem o vírus. Fica evidente que algumas doenças urológicas não podem esperar o fim da pandemia para serem tratadas. Dessa forma, quanto mais cedo forem diagnosticadas melhor será o prognóstico do tratamento.

Visando a melhor prática médica, urologistas brasileiros publicaram artigo científico em revista de renome internacional, em junho de 2020, na qual abordaram os cuidados a serem observados frente a pandemia, no trabalho intitulado "Uma revisão sistemática das diretrizes e recomendações padrão de cuidado urológico durante a pandemia de COVID-19". Este estudo foi realizado a partir da análise de diretrizes, recomendações ou declarações das melhores práticas de organizações internacionais e centros de referência sobre cuidados urológicos em diferentes fases da pandemia de COVID-19 e seu objetivo foi obter o modo prático e seguro de como acolher e tratar pacientes com patologias urológicas.

De modo resumido:

• COVID-19 é uma doença sistêmica;

Outras doenças continuam existindo e precisam ser tratadas;

Doenças urológicas secundárias à COVID-19 podem ser desencadeadas;

A vacina existe e está sendo disponibilizada, vacine-se assim que possível;

Medidas de proteção, como lavar as mãos frequentemente com água e sabão, uso de álcool em gel, manter o distanciamento social e usar máscara, funcionam, inclusive contra as novas variantes identificadas até o momento;

  • Hospitais e consultórios seguem rigorosos protocolos de prevenção ao coronavírus, conforme orientações do Ministério da Saúde e Vigilância Sanitária; portanto, se precisar, não tenha receio em procurar o seu Urologista (de modo presencial, por telefone ou videoconferência, ele vai saber lhe orientar).

  • *Dr. Marco Aurélio Lipay é Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro "Genética Oncológica Aplicada à Urologia".

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    ​Dia Internacional da Mulher

    04/03/2021

    Dia Internacional da Mulher: Exames que toda mulher precisa fazer

    O Dia Internacional da Mulher lembrado em 8 de março é importante para celebrar as lutas, conquistas e méritos das mulheres de todo o mundo. Mesmo com todas as adversidades promovidas ao longo dos séculos, a mulher vai conquistando seu lugar como protagonista no chamado trem da história. As mulheres são conhecidas por promover o cuidado com a família mas, é importante reforçar os cuidados com a saúde que toda mulher precisa ter. Todos temos ciência dos cuidados necessários para o corpo humano, mas o organismo feminino requer ainda mais zelo e atenção. A VidaClass, plataforma de saúde que oferece exames, consultas e telemedicina a preços acessíveis, ouviu especialistas que selecionaram cinco exames diferentes que toda mulher não pode esquecer de fazer:

    Papanicolau - Depois de iniciar a vida sexual, toda mulher precisa fazer esse exame ginecológico, ele consegue detectar diversas doenças sexualmente transmissíveis, como: HPV, candidíase, sífilis, clamídia, entre outras. O exame também identifica praticamente tudo de errado que pode ter no colo do útero, até mesmo um câncer.

    Mamografia - Além do auto exame, a mamografia é essencial para diagnosticar o câncer de mama, e é importante lembrar de fazer esse exame mesmo fora do Outubro Rosa, pois ele consegue analisar todo o tecido da mama e identificar nódulos que ainda não estejam visíveis ao toque. Quanto mais cedo o diagnóstico do câncer de mama for feito, mais chances de cura a doença tem. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), em 2019, o Brasil registrou mais de 59 mil novos casos de câncer de mama. É o quinto tipo de câncer que mais causa mortes no mundo inteiro.

    Ultrassom transvaginal - O exame pode diagnosticar problemas na região pélvica e seus órgãos internos, como: câncer, cistos, infecções e até gravidez ectópica. Para as grávidas, o exame serve para verificar a placenta, ouvir o batimento cardíaco do feto e até identificar sinais de um possível aborto espontâneo.

    Ultrassom da tireoide - Segundo o Inca, o câncer de tireoide é três vezes mais presente em mulheres do que em homens. No início, esse tipo de câncer não apresenta muitos sintomas, por isso é importante fazer o exame para detectá-lo, pois se descoberto cedo, pode logo ser tratado, já que a tireóide é um órgão do nosso corpo que pode ser removido sem grandes problemas.

    Densitometria óssea - Esse exame é muito importante para as mulheres da terceira idade, especialmente depois dos 65 anos, ele é capaz de identificar doenças que afetam os ossos, como a osteoporose, doença que pode atingir mulheres na pós-menopausa.

    Todos esses exames podem ser feitos na VidaClass, por a partir de R$2,50. A plataforma também oferece consultas a partir de R$35, há também serviços de internação hospitalar e assistência, produtos que disponibilizam descontos e entrega em domicílio de medicamentos.

    Sobre a VidaClass - Criada em 2014, a VidaClass é uma startup que promove acesso a diversos serviços na área da saúde. Entre eles, médicos, dentistas, exames de imagens e laboratoriais, consultas multiprofissionais, pacotes hospitalares, seguro de diária internação hospitalar e benefícios farmacêuticos. Atualmente, existem mais de 25 mil profissionais de saúde cadastrados nana plataforma e mais de 200 mil usuários.

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