Dia Internacional Contra o Câncer na Infância:
15/02/2018
Augusto de Sousa
RS Press
(11) 3875-6296
(11) 9 9377-5642
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Dia Internacional Contra o Câncer na Infância:
instituições brasileiras se unem à OMS em pesquisa sobre câncer infantil
Estabelecido em 2002 pela Confederação Internacional de Pais de Crianças com Câncer
(ICCCPO, sigla em inglês), o Dia Internacional Contra o Câncer na Infância é celebrado
anualmente em 15 de fevereiro. Nessa data, as atenções são voltadas para o rápido
diagnóstico dos diversos tipos de câncer que atingem crianças. Entre eles está o Tumor
de Wilms, considerado o tumor renal maligno mais frequente na faixa etária pediátrica.
Em linhas gerais, apenas 5% dos casos de Tumor de Wilms se apresentam simultaneamente
Em linhas gerais, apenas 5% dos casos de Tumor de Wilms se apresentam simultaneamente
nos dois rins e o diagnóstico da doença é considerado difícil, uma vez que o tumor pode ser
assintomático ou apresentar sintomas inespecíficos nos estágios iniciais da doença. Embora
não existam dados específicos, a estimativa de incidência é de 7 a 10 casos/milhão, representando
entre 6 e 7% dos tumores da infância, com 80% dos diagnósticos realizados abaixo de 5 anos.
Segundo a Dra. Isabela Werneck da Cunha, médica patologista e diretora científica da
Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), a doença é uma das principais preocupações quando
o assunto é câncer na infância.
Colaboração internacional
É por conta dessa relevância que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade
Colaboração internacional
É por conta dessa relevância que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade
Internacional de Oncologia Pediátrica (SIOP) estabeleceram uma pesquisa internacional
com o objetivo de identificar o volume de blastema remanescente nas nefrectomias após
quimioterapia para o tratamento do Tumor de Wilms. Traduzindo para uma linguagem mais
simples, o objetivo é analisar se após o processo do tratamento restam vestígios da doença
no rim dos pacientes comprometidos pela doença e a partir de então, determinar os próximos
passos do tratamento.
No Brasil, o Grupo Brasileiro de Tumores Renais (GBTR), a Sociedade Brasileira de Oncologia
No Brasil, o Grupo Brasileiro de Tumores Renais (GBTR), a Sociedade Brasileira de Oncologia
Pediátrica (SOBOPE) e a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) atuam para o crescimento
do estudo, contribuindo internacionalmente para melhor entendimento e tratamento destes tumores.
“O acompanhamento após o tratamento desse tipo de tumor é fundamental para entender o que
pode ser do futuro do paciente e desvendar novas maneiras de conduzir cada caso da doença”,
explica Isabela.
Os médicos patologistas fazem a análise microscópica de tumores, o processo que identifica
Os médicos patologistas fazem a análise microscópica de tumores, o processo que identifica
precisamente as características do tumor e em qual estágio ele está. Essa avaliação é fundamental
para que outros médicos determinem quais modalidades de tratamento serão aplicadas.
“As habilidades analíticas dos médicos patologistas são usadas nesse estudo para que cada caso
“As habilidades analíticas dos médicos patologistas são usadas nesse estudo para que cada caso
de Tumor de Wilms seja registrado com todas as suas características, levando em consideração também
as características de cada paciente. É por meio do uso de banco de dados como este que a medicina
avança, controlando as mortes por esse e outros tipos de cânceres”, finaliza a diretora científica da SBP.
Estrutura do estudo
A manutenção dessas informações acontece por etapas. A primeira linha envolve os oncologistas
Estrutura do estudo
A manutenção dessas informações acontece por etapas. A primeira linha envolve os oncologistas
pediátricos, que são os primeiros a lidar com as crianças que passam por sessões de quimioterapia.
Depois os cirurgiões pediátricos retiram o tumor e enviam para análise anatomopatológica, que são
encaminhados junto de um formulário para os médicos patologistas, que por sua vez repassam as
informações para o Grupo Brasileiro de Tumores Renais. Este último é o responsável por mediar o
conteúdo junto da SIOP para que faça parte dos dados internacionais sobre o Tumor de Wilms,
o qual poderá ser usado para novos estudos e desenvolvimento de novas tratativas quanto ao câncer
renal mais comum entre as crianças.
Sobre a SBP
Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) atua na educação continuada e
Sobre a SBP
Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) atua na educação continuada e
defesa da atuação profissional dos médicos patologistas, oferecendo oportunidades de atualização
e encontros para o desenvolvimento da especialidade. Desde sua criação, a SBP tem realizado
cursos, congressos e eventos com o objetivo de elevar o nível de qualificação dos patologistas.
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